Está vendo aquela casa na árvore?
Pois é lá esconde vários sonhos de uma
infância perfeita.
Onde tudo que mais se sonhava era
conquistar um planeta.
Ali tinha bolinhas de gude, pipas,
estilingues, bexigas, mamonas,
varas de pescar, balanço, peteca,
barquinho de papel, lápis, canetinhas, tesoura, régua, carrinho de rolimã,
papelão para escorregar na grama, rede,
fruta, risadas, gargalhadas, pessoas, crianças...
Doce infância que uma das minhas maiores
preocupações era do que
eu iria brincar naquele dia, se soltaria
pipa, jogaria bolinha de gude
brincaria de pique esconde ou polícia e
ladrão...
Ah, que coisa boa era essa época que eu
podia escolher a cor da minha
peteca, qual fruta comeria do pé ou qual
seria o sabor do meu picolé.
Faço-te uma pergunta cresci me tornei
adulta, com responsabilidades,
tarefas, trabalhos, horários, tempos,
prazos, estresse, dores, desencantos e
prantos.
Como pode em poucos anos tudo virar do
avesso quase um tropeço de uma
armadilha sem fim, sei que isso ocorreu
tanto para ti quanto para mim e daí
o que fazemos?
Vamos continuar vivendo
nesse mundo sem fim onde as
obrigações falam mais alto ou deixaremos
as crianças tomarem conta do recado?
Sim ela não pode morrer muito menos padecer afinal quem é você?
Se hoje somos o que somos foi porque um dia soubemos administrar onde deveria estar,
com quem brincar, com que brincar sem ao
menos saber o que iria acontecer....
Logo peço só uma coisa nunca deixe morrer
essa criança que existe em você,
pois caso isso aconteça nunca se esqueça
que ela que te ensinou a viver.